A bolsa de valores ganhou novamente como melhor investimento do mês em abril, visto que seu benchmark, o Ibovespa, valorizou-se 2,4% no mês, após subir 7,05% em março. A perda de popularidade da presidente Dilma Rousseff e o ganho de força dos candidatos da oposição alegraram o mercado e aumentaram o apetite por risco dos investidores.
Segundo Clodoir Vieira, economista e consultor da Compliance Comunicação, a partir de agora, o principal fator que irá guiar o comportamento da bolsa de valores brasileira e , principalmente, das companhias estatais – muito prejudicadas pelo excesso de intervenções da presidente Dilma – serão as eleições e o desempenho dos candidatos nas pesquisas eleitorais. “O uso excessivo das companhias estatais como instrumento de controle de inflação fez a presidente perder totalmente a confiança do mercado e dos investidores. Assim, a medida que ela for caindo nas pesquisas e a chance da oposição sair com a vitória for aumentando, essas companhias que sofreram muito serão extremamente beneficiadas”, afirmou o especialista.
Logo atrás do mercado de renda variável ficou o investimento em fundos imobiliários, cujo principal índice, o Ifix, valorizou 1,05%, devido, segundo Vieira, às expectativas de fim do ciclo de alta da taxa Selic, que tira a atenção dos investidores dos títulos de renda fixa e os fazem voltar para o mercado acionário e imobiliário.
Em seguida, ficaram os investimentos em CDB Pré 30 dias, CDI e Poupança, que valorizaram 0,86%, 0,81% e 0,58%, respectivamente.
Do outro lado da ponta, ficaram os investimentos em ouro e dólar, os piores investimentos do mês, que caíram 1,70% e 1,74%, respectivamente.
Veja a rentabilidade dos investimentos em abril:
Investimento Março Real*
Ibovespa +2,40% +1,61%
Ifix +1,05% +0,27%
CDB Pré – Bancos Primeira Linha** +0,86% +0,08%
CDI*** +0,81% +0,03%
Poupança +0,58% -0,20%
Ouro -1,70% -2,46%
Dólar -1,74% -2,50%
*Deduzida a variação do IGP-M, que teve alta de 0,78% em abril
**CDB líquido (acima de R$ 100 mil)
***Taxa Efetiva Anbima
Fonte:
Infomoney
Por Arthur Ordones